Futebol ruim, resultado pior ainda...

É difícil explicar como o misto do Atlético-PR bateu o Flamengo, no domingo, em Macaé, no Campeonato Brasileiro. 2 a 1. Difícil também explicar a sequência de partidas sem vitória do time que até 16 de Agosto havia perdido apenas um jogo no ano. Fatos tão estranhos quanto o gol de Welinton.

A princípio, a culpa não é (só) do Luxemburgo. O seu banco de reservas tem sido ineficiente. Ronaldo Angelim, Rodrigo Alvim, Fierro, Jael não são boas opções. E o pior: o treinador não tem outras. Sobram apenas Negueba e D. Maurício. Contra os paranaenses, a escalação titular era a próxima do ideal, excetuando apenas Luiz Philipe, suprindo as ausências de Airton, Luiz Antônio e/ou Maldonado - melhores do que ele –, e Welinton, que não precisa de comentários.

A melhor (??) zaga Alex Silva e Gustavo (ou David Braz). Mas o primeiro precisa de entrosamento. O 'Geladeira', esfriar a cabeça. E o terceiro, voltar a campo. Do meio para frente, só Ronaldinho joga. Thiago Neves sumiu. Deivid se esforça, mas sofre com a falta de criação do time, que só toca, toca, toca... e cruza na área, para felicidade da defesa rival. A trave e o defensor em cima da linha ainda impedem os tentos rubro-negros. Oh, vida.

Sobra para o goleiro Felipe garantir o resultado. Ele defende, defende e defende. Mas quando um de seus zagueiros não ajuda, resta ao camisa 1 buscar a bola no gol. Em Macaé, foram duas vezes. Para explicar essa queda, falam em falta de confiança. Se for, essa questão deveria ser resolvida pelo treinador. Ora, publicamente, este ameniza cada fracasso na tentativa de poupar seus atletas. E a torcida faz sua parte e segue (ou seguia) apoiando, na crença de uma súbita recuperação. Nada dá certo.

Nos próximos jogos, a equipe faz dois duelos no Rio de Janeiro (Botafogo e América-MG) e dois fora (Atlético-MG e São Paulo). Nos seus melhores dias, o Flamengo teria condições de ganhá-los. principalmente do Coelho. Entretanto, o time se tornou imprevisível. Antes do clássico do próximo domingo, seria bom que Loco Abreu falasse ainda mais, provocasse mais. Diante da realidade nebulosa na Gávea, talvez algum tipo de psicologia reversa funcione. Do contrário, logo vai chegar a hora de jogar a toalha.